Mocoronga branca vai pro Rio…

março 1, 2010

Lá, quero abraçar a minha colega de trabalho por contingência e minha irmã por escolha. Lá, sei que vou ouvir as melhores palavras em meio aos piores palavrões, os mais alegres conselhos, que começam sempre assim “mocoronga, ocê..”. Lá, quero sentar ao seu lado direito, onde eu me sinto melhor e falar, falar (até parece) e ouvir, ouvir, ouvir (e rir muito). Lá, posso contar das pequenas mudanças – mesmo que sejam elas grandes revoluções, porque sei que ela sabe que nada mudou em mim.
Lá, se eu quiser, direi que tenho raiva e não apenas decepção e blá blá blá, dando trégua ao meu tribunal interno.
Lá, tem a Lapa, tem o Cristo, tem a praia e o escambal para ser chamado de maravilhoso. Lá, tem um milhão de motivos para ser feliz. Mas eu só quero a minha amiga me dizendo “porque ocê não morre, diabo branco?” e me convencendo de que se está difícil sonhar, sempre é possível um presságio.
Eu quero a minha amiga repetindo“porque ocê não tem um ataque fulminante?”

PS.: Lá, eu sei que vou encontrar alguém que me junte do chão da Duque de Caxias.

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